Todos os profissionais, independentemente da categoria, possuem alguns termos técnicos que utilizam em seu dia a dia de trabalho. E, embora possam parecer difíceis de entender, muitas vezes os significados não são tão complexos assim.
Quem trabalha ou está entrando no mercado de trabalho na área de design, por exemplo, já deve ao menos ter ouvido falar em termos como brainstorm, briefing ou job. Mas esses são termos até bastante conhecidos.
O primeiro significa “chuva de ideias”, é o processo criativo para encontrar a execução ideal do trabalho; já o segundo é o documento que contém todas as informações necessárias para a realização de um job (projeto), desde aspectos técnicos até histórico de trabalhos passados ou conceitos de marca.
Há alguns, no entanto, que não são tão conhecidos — embora também não tenham significados difíceis. No post de hoje, vamos tratar justamente de um desses termos: o rafe, também grafado como rough. Mas não vamos apenas dizer o que ele significa — ao fim da leitura, você vai ter compreendido porque ele é tão importante e como fazer um. Confira!
Como você pode notar, é algo praticamente instintivo para designers. Mas, mesmo que não aconteça “naturalmente”, invista alguns minutos no seu esboço.
O que é rafe?
O rafe nada mais é do que um esboço do trabalho a ser realizado. No processo criativo, a primeira etapa é a elaboração de um briefing, que é seguida por um brainstorm. Uma vez escolhida a ideia que será executada, o designer parte para a etapa de elaboração do rafe. Ele fará um esboço inicial para que seja possível entender visualmente qual será o resultado final. Um mesmo projeto pode ter mais de um rough. Isso acontece porque ele pode ser usado também como um rascunho, no qual serão feitos estudos a partir da ideia original, até que se chegue ao esboço final do trabalho.
Por que ele é tão importante?
Para explicar a importância dessa etapa do processo de criação, vamos fazer uma analogia bem simples: no que seria mais fácil fazer modificações, em um edifício na planta ou em um já construído? Com um job de design é a mesma coisa. Ao colocar as ideias no papel é possível alterá-las mais livremente do que seria depois que o layout já estiver sendo executado. Além disso, não é incomum que até mesmo profissionais mais experientes se deem conta, ao fazer o rough, que alguns aspectos da ideia inicial não funcionam tão bem quanto imaginado. Portanto, testá-las antes da execução é fundamental.
Quando devo utilizar o rough?
Essa é uma resposta fácil: sempre. Independentemente do job em que você esteja trabalhando, fazer o esboço do projeto é imprescindível. Isso significa fazer um rafe de um logo, um cartaz, um cartão de visitas, um banner... de tudo mesmo! E, embora você pense que isso pode ser um desperdício de tempo, saiba que, muitas vezes, você faz isso sem nem perceber. Sabe quando você desenha em um papel alguns traços que indicam o esqueleto de do projeto para mostrar a algum cliente? Aquilo é um rafe. Ou, ainda, quando rabisca alguns traços da estrutura que está imaginando para uma determinada diagramação? Mais uma vez, você fez um rafe.
Como você pode notar, é algo praticamente instintivo para designers. Mas, mesmo que não aconteça “naturalmente”, invista alguns minutos no seu esboço.
E se eu não souber desenhar?
Não saber desenhar é uma preocupação bastante comum entre designers. Mas não pense que isso é um problema. O rough não se trata de um desenho elaborado e detalhado da sua criação e, portanto, não envolve técnicas detalhadas de ilustração. É claro, quanto mais minucioso, melhor. Mas há um limite para isso, afinal, tempo e esforço devem ser empenhados na execução final. Assim, o esboço ideal é aquele em que é possível reconhecer a ideia, como seus elementos ficam dispostos e com alguma noção da proporção de tamanho entre eles. É preciso empregar pouca ou nenhuma técnica de desenho nele.