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Entrevista com Cauê Mathias [Curadoria de Projetos de Design] #30

Publicado em 18/04/2024

Equipe Printi

Uma tarde em São Paulo | Imagem: Acervo pessoal

Cauê Mathias, 31 anos, é um guarulhense formado em designer gráfico que conta histórias através da ilustração. Mergulhando no que viu e viveu, são suas experiências e paixões que o guiam pelo caminho da criatividade.

Cauê Mathias | Imagem: Acervo pessoal

A reciprocidade entre arte e artista

Campeonato do brasileiro | Imagem: Acervo pessoal

Arte e artista estão intimamente conectados. De um lado, a arte repassa uma perspectiva que se torna social, do outro, o artista externa anseios, histórias e detalhes do cotidiano que poucos enxergam. "Pra mim, essa relação é bem natural, eu acredito que a arte se impõe não só para quem produz arte, mas para todo mundo, sabe? A arte é tão grandiosa que tem urgência no mundo que a gente vive, então cada um vai criando sua relação com ela mesmo que inconscientemente", garante Cauê.

"Você pode em um mesmo dia visitar um museu, pegar um ônibus e ligar pra alguém e todas as 3 coisas serem experiências artísticas. Procuro ver a arte assim, de forma bem ampla, me ajuda a criar e a viver", diz.

Um bom contador de histórias

Ilustração representa a possibilidade de contar histórias infinitamente, com uma imagem só.

Cauê Mathias
A beleza do dia a dia | Imagem: Acervo pessoal

Como todo bom contador de histórias, o Cauê busca muitas inspirações - assim como, sem dúvidas, também é uma referência. Essa pluralidade é composta por diferentes fases da sua vida, é o que o move. "As coisas que me fizeram querer desenhar, ou produzir imagens de alguma forma, foram: ver pixação e grafite na rua e ter estudado na Etec Carlos de Campos no Brás. Lá eu tive um contato muito forte com gente que desenhava, que me incentivou e me mostrou um caminho que fico bem feliz de ter seguido", afirma.

Corinthians na invasão por elas | Imagem: Acervo pessoal

Já na jornada da ilustração, houve um personagem muito especial que o fez voltar o olhar aos esportes. "Foi o Corinthians! Amo meu time e futebol. Uma vez eu li algum artista em uma Zupi (não vou lembrar quem era) dizendo: 'Não desenhe aquilo que você não ama ou que você não conhece, vai parecer falso.' Meio que me marcou. Fez muito sentido pra mim", expõe.

"O lance das ilustras de futebol veio assim, comecei por prazer, calhou de começar um movimento muito bacana de vários ilustradores e ilustradoras fazerem futebol, e competições, clubes e marcas se interessarem por esse conteúdo", detalha o artista.

"Memórias do Cotidiano"

Projeto Memórias do Cotidiano | Imagem: Acervo pessoal

Além da temática voltada a esportes, o Cauê enxerga beleza na simples rotina paulistana. "Memórias do Cotidiano" é um projeto muito especial que trouxe uma recompensa eterna. "Foi muito doido isso. Eu moro aqui em Sergipe, na cidade de São Cristóvão, (cursando Artes Visuais na UFS) e durante a pandemia deu aquela saudade de casa, como nunca tinha dado antes. Acabei produzindo em cima disso sem muito planejamento, nem curadoria e postei. Acho que esse sentimento conversou com outras pessoas na mesma situação, e foi muito bacana observar e interagir com isso. Depois de tudo, reuni o que tinha produzido e submeti ao edital do Metrô SP, então o Memórias meio que se torna uma seleção de trabalhos dessa fase de produção", conclui.

Se você assim como a gente também entrou para o fã clube do Cauê, acompanhe de perto o seu trabalho pelo Instagram @cauemathia. ?

Publicado em 18/04/2024

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