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Entrevista com Mika Serur [Curadoria de Projetos de Design] #34

Publicado em 18/04/2024

Equipe Printi

Dia Mundial do Artista Plástico | Imagem: Reprodução/ Instagram

O Dia Mundial do Artista Plástico é uma data celebrada mundialmente para homenagear e reconhecer a importância dos artistas plásticos na sociedade. É um momento para celebrar a criatividade, originalidade e a capacidade de expressão desses profissionais que dedicam suas vidas à arte. Nesse conteúdo, confira uma entrevista exclusiva com Mika Serur, artista plástica e embaixadora da Printi.

Mikaela Serur | Imagem: Reprodução/ Instagram

"Desde criança, eu amava tudo que envolvia artes visuais e sempre gostei de experimentar diferentes materiais e superfícies. Foi algo que acabou acontecendo naturalmente, de um hobby ao longo da vida para um caminho profissional. Não cheguei a tomar a decisão em nenhum momento. Quando percebi, já estava fazendo alguns trabalhos mais como fonte de renda do que como hobby."

Mikaela Serur

Incentivo à arte

Pintura em óleo do Bob Ross | Imagem: Reprodução/ Instagram

Para a Mika, falar sobre artes plásticas já é um grande passo para as pessoas entenderem que elas podem sim se sentirem livres para criar ou consumir mais arte, afinal, muita gente tem a ideia de que só pode fazer arte quem é artista, mas se esquecem que todo artista começou do zero, com as mesmas inseguranças. "Sempre vão existir pessoas que não valorizam algo, mas normalmente isso acontece por elas não terem consciência da importância ou do processo e trabalho envolvido. Quando falamos abertamente sobre o assunto, abre espaço para cada vez mais pessoas buscarem entender, e consequentemente, valorizarem", diz.

E porque não acreditar que o papel de qualquer artista - indo além das artes plásticas: a dança, o canto, a escrita - seja causar impacto e sentimentos nas pessoas? "A arte é um meio de expressão que é uma via de mão dupla, tudo que criamos e compartilhamos com o mundo vai causar uma reação e uma resposta nas pessoas. A arte faz as pessoas refletirem, tomarem decisões, entenderem pontos de vista diferentes e criarem mais empatia. Parece algo grandioso e improvável, mas isso acaba acontecendo no nosso dia-a-dia sem a gente perceber: quando lemos um livro e nos emocionamos com vivências que não tivemos ou sequer existiram; quando ouvimos uma música e percebemos algo que poderíamos fazer para melhorarmos como seres humanos; quando observamos uma obra e ela nos lembra de momentos do passado ou até anseios futuros", complementa.

Processo criativo

Pintura ao ar livre | Imagem: Reprodução/ Instagram

Como todo processo criativo, as ideias costumam dar algumas voltas até ganharem forma. "Eu costumo começar com um conceito básico, alguma coisa definida, mas não tudo. Dessa forma consigo deixar espaço para mudar de ideia no caminho, alterar ou adicionar coisas diferentes. Geralmente o início do processo é mais racional, e depois vou me soltando mais", afirma.

"Eu gosto de explorar um pouco as redes sociais (Instagram e Pinterest) para descobrir artistas novos e artes que me inspiram a querer criar. Depende muito do momento em que estamos e do estilo que queremos trabalhar. Acho muito importante buscar referências para treinar nossa percepção e estimular a criatividade", conclui.

Amendoeira em Flor, Van Gogh

Aquarelando | Imagem: Reprodução/ Instagram

Dentre as infinitas referências de obras de arte, a Amendoeira em Flor, de Van Gogh, é a que se destaca. "Ela me traz uma sensação de paz muito grande, as cores são lindas, tenho um apego sentimental por ela e acho que muitas obras acabam sendo sobre isso, a sensação que elas causam na gente", descreve.

Para um começo de carreira

Retrato | Imagem: Reprodução/ Instagram

De artista para leito: a arte nunca irá morrer. Ela existe desde sempre, precisamos dela para viver, para nos expressarmos, para sentirmos. "Ultimamente, com o avanço da inteligência artificial, tem surgido uma discussão sobre de que forma isso pode prejudicar os artistas e a área. Concordo que existem diversas consequências negativas (principalmente envolvendo plágio), mas não acho que a inteligência artificial pode acabar com a arte ou os artistas. Na história da humanidade sempre houveram fases em que alguma tecnologia causou espanto e debates sobre o fim da arte, como quando a fotografia surgiu e artistas se perguntavam quem iria encomendar uma arte se agora poderiam simplesmente ter uma fotografia", opina.

Está pensando em seguir uma carreira como artista plástico? A Mika tem uma dica muito especial!

Experimente muito, sejam técnicas, materiais, superfícies ou estilos. Só assim a gente descobre o que faz mais sentido e o que nos faz bem. Criar não é um mar de rosas o tempo todo, mas também não precisa ser uma tempestade. É importante encontrarmos um equilíbrio saudável dentro do possível, já que muitos começam na área como um hobby, assim como eu, e quando transformamos isso em uma responsabilidade maior, muitas coisas mudam.

Mika Serur

Publicado em 18/04/2024

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