Filmes e séries para refletir sobre a luta feminina
Three beautiful women with different skin colors together. African, latin and caucasian girls stand side by side. Sisterhood and females friendship.
Publicado em 18/04/2024
Equipe Printi
Março é um mês marcado por dar visibilidade à luta feminina. No dia 8, é celebrado o Dia Internacional da Mulher e viemos fazer uma provocação: um assunto tão importante deveria se tornar pauta apenas nessa data? Trouxemos uma lista de filmes e séries para refletir sobre o tema e mostrar o quanto a luta das mulheres é diária. Pegue seu balde de pipoca e aproveite!
O que assistir para refletir sobre a luta feminina
Coisa mais linda
Essa produção da Netflix com certeza, vai te mostrar o quanto as mulheres lutaram para conquistar o espaço que têm hoje. Lançada em 2019, a série Coisa mais linda conta a história de Maria Luiza, uma moça conservadora e financeiramente dependente da família, que vive em São Paulo, na década de 50. Sua vida se transforma quando Pedro, seu marido, promete montar um restaurante no Rio de Janeiro, mas foge e a abandona, sem dinheiro, em terras cariocas.
A partir daí, Malu encontra mulheres fortes e feministas que a ajudam a reescrever a própria história. Ela decide então, esquecer das aparências e ficar de vez no Rio, onde abre um clube de bossa nova e enfrenta todo o machismo que uma mulher independente poderia sofrer na época.
O sorriso de Mona Lisa
Lançado em 2003, o filme O sorriso de Mona lisa conta a história da professora Katherine, que passa a dar aulas de artes em uma universidade dos Estados Unidos, na década de 50. Em seu primeiro dia ela se depara com alunas brilhantes, que são acostumadas a devorar livros.
O que ela não sabia é que toda a educação que recebiam era voltada para se tornarem esposas boas e cultas. Com esse choque de realidade, Katherine decide ampliar as referências e alternativas das alunas e as motiva a serem protagonistas de suas próprias vidas e, também, da sociedade.
Repense o elogio
O documentário Repense o elogio foi produzido pela Avon, em 2017, e propõe uma reflexão sobre o impacto que os estereótipos podem ter na vida das crianças. Enquanto os meninos são elogiados de “fortes”, “corajosos” e “inteligentes”, os elogios para meninas se restringem a “lindas”, “delicadas” ou “princesas”.
Com a intenção de mostrar que as características das mulheres vão muito além da parte física, o filme reúne entrevistas de mulheres e homens, de várias idades, que contam as pressões que já sofreram pela questão de gênero.
Anne with an E
A série Anne with an E foi lançada em 2017, pela Netflix, e é inspirada no livro “Anne of Green Gables”, da autora Lucy Maud Montgomery. Inteligente e criativa, a garotinha Anne Shirley, de 13 anos, sonha em ser adotada e sair do orfanato em que vive desde os 3 meses de idade, quando ficou órfã.
Os irmãos Marilla e Matthew decidem então adotar uma criança, mas esperam um menino, que possa ajudar nos afazeres da fazenda. Por engano, Anne é enviada para eles, que se decepcionam e planejam devolvê-la, mas ela persiste em mostrar que as mulheres também são capazes de fazer qualquer coisa que os homens fazem. Ambientada no final do século XIX, a série é inspiradora e mostra os desafios e processos de aceitação que Anne enfrenta até conquistar seu espaço na sociedade.
Absorvendo o tabu
Ganhador de um Oscar, o documentário Absorvendo o Tabu foi lançado em 2018 e mostra como a menstruação é um tabu e até considerada uma doença pelas mulheres da índia Rural. Lá, elas sofrem preconceito por viverem esse período e chegam a perder o emprego, largar os estudos e serem impedidas de entrar em templos religiosos.
Além disso, a menstruação é uma questão sanitária. Apenas 10% das indianas têm acesso a absorventes higiênicos e muitas chegam a usar qualquer pano sem higienização e deixam de sair de casa por medo de sujarem as roupas de sangue. Idealizado pela cineasta Rayka Zehtabchi, o documentário evidencia o quanto a luta feminina não é algo do passado e que muitas mulheres ainda estão sem acesso a condições dignas de sobrevivência.
A vida imita a arte
Todas essas sugestões servem como um incentivo à essa causa tão necessária, que precisa continuar tendo visibilidade. A escritora americana Audren Lorde, que teve uma história marcada pelo feminismo, tem uma fala que, embora antiga, ainda se faz presente na nossa realidade:
"Não serei livre enquanto alguma mulher for prisioneira, mesmo que as correntes dela sejam diferentes das minhas".
Audren Lorde
Essa é uma luta de todos nós!
Publicado em 18/04/2024